O Currículo Escolar
“O mais antigo e persistente significado que se associa a «curriculum» é o de matérias, geralmente organizadas como disciplinas escolares que foram escolhidas para serem ensinadas a alguém. Frequentemente tanto para educadores como leigos, o currículo é, ainda, equivalente ao conteúdo dos livros de texto usados pelos professores nas suas aulas...Muitas vezes, também, o currículo é visto como um programa publicado (ou impresso)ou um guia para os professores de uma disciplina ou conjunto de disciplinas”.
(Lewis e Miel, 1978:17)
Adaptado por
A. Pereira, 2011
Currículo Escolar Tradicional
•Taylorismo e Fordismo (defendidos por Bobbit -1918 e Tyler (1949)
Teorias críticas ao currículo escolar tradicional:
PONTO DE PARTIDA DAS TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO
TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO ESCOLAR
TEORIAS CENTRADAS NA VISÃO MARXISTA (ECONÓMICA E POLÍTICA)
ALTHUSSER
Alttusser, Bowles e Gintis
TEORIAS CRÍTICAS CENTRADAS NA REPRODUÇÃO CULTURAL- BOURDIEU E PASSERON
TEORIAS CENTRADAS NAS CRÍTICAS INSPIRADAS EM ESTRATÉGIAS INTERPRETATIVAS DE INVESTIGAÇÃO
HERMENÊUTICA
OUTRAS TEORIAS CRÍTICAS
Visão pós-crítica do currículo
CURRÍCULO
SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS
CURRÍCULO REGIONAL E LOCAL
(Lewis e Miel, 1978:17)
Adaptado por
A. Pereira, 2011
Currículo Escolar Tradicional
•Taylorismo e Fordismo (defendidos por Bobbit -1918 e Tyler (1949)
Teorias críticas ao currículo escolar tradicional:
- Os vários movimentos sociais e culturais que caracterizaram os anos de 1960, por todo o mundo, permitiram que surgissem as primeiras teorizações questionando o pensamento e a estrutura educacional tradicionais sobre o currículo.
- As teorias críticas preocuparam-se em desenvolver conceitos que permitissem compreender o que o currículo faz.
PONTO DE PARTIDA DAS TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO
- Movimento que demonstrou a grande insatisfação com os estudos do currículo em relação aos parâmetros estabelecidos por Bobbit e Tyler (currículo tradicional).
- O currículo não poderia ser compreendido apenas de forma burocrática e mecânica, sem relação com as teorias sociais da época.
- As teorias (genericamente) apresentaram-se:
- baseadas nas estruturas políticas e económicas;
- na reprodução cultural e social;
- inspiradas em estratégias interpretativas de investigação, como a Fenomenologia e a Hermenêutica.
TEORIAS CRÍTICAS DO CURRÍCULO ESCOLAR
TEORIAS CENTRADAS NA VISÃO MARXISTA (ECONÓMICA E POLÍTICA)
- Responsabilizavam o “status quo” pelas desigualdades e injustiças sociais (visão Marxista da sociedade – crítica radical às sociedades capitalistas)
ALTHUSSER
- Althusser, Filósofo francês, sustentou que a escola é uma forma utilizada pelo capitalismo para manter a sua ideologia, pois atinge toda a população por um período prolongado no tempo.
- Pelo currículo, ainda na perspectiva de Althusser, a ideologia dominante transmite os seus princípios, por meio das disciplinas e conteúdos que reproduzem os seus interesses (capitalismo - onde as famílias/classes menos favorecidas são dominadas)
Alttusser, Bowles e Gintis
- As escolas reproduzem os aspectos necessários para a sociedade capitalista: trabalhadores adequados para cada necessidade nos locais de trabalho, líderes para cargos de chefia e líderes obedientes e subordinados para os cargos de produção.
TEORIAS CRÍTICAS CENTRADAS NA REPRODUÇÃO CULTURAL- BOURDIEU E PASSERON
- Os sociólogos Bourdieu e Passeron, desenvolveram uma crítica sobre a educação afastando-se um pouco das análises marxistas. propuseram que a reprodução social é “realizada” através da cultura, ou seja:
- Que pela transmissão da cultura dominante fica garantida a sua hegemonia;
- Que o que tem valor é a cultura dominante, onde os seus valores, gostos, costumes e hábitos passam a ser considerados a “cultura”, desprezando os costumes e valores das classes dominadas
TEORIAS CENTRADAS NAS CRÍTICAS INSPIRADAS EM ESTRATÉGIAS INTERPRETATIVAS DE INVESTIGAÇÃO
- Fenomenologia: centra-se na pessoa, na sua experiência
- Hermenêutica: dimensão formativa e autotransformativa (interpretativo)
HERMENÊUTICA
- Em termos tradicionais designava a interpretação dos textos sagrados, como o Antigo Testamento na Bíblia.
- A hermenêutica é designação dada na Filosofia à actividade interpretativa de textos ou imagens.
- Pretende simplesmente trazer à consideração algo que foi esquecido: a necessidade de pensar/interpretar a forma de intervenção que é efectuada pelos ideais comuns transmitidos pela tradição (ex. currículo tradicional, publicidade)
OUTRAS TEORIAS CRÍTICAS
- Apple: visão estrutural e relacional do currículo: relação entre educação, cultura e economia.
- Currículo oficial e oculto
- Giroux: Currículo reproduz as desigualdades e injustiças sociais; desenvolve a relação pedagogia e currículo.
- Paulo Freire: analisa a educação e o currículo sobre uma forte perspectiva pedagógica (grande relação entre educador e educando);
- a cultura popular deve fazer parte do mesmo -aplicada sobretudo na educação de adultos (alfabetização – método Paulo Freire);
Visão pós-crítica do currículo
- No princípio do século XXI surgem as teorias pós-críticas que direccionam as suas orientações para um currículo que deve desenvolver conhecimento, identidade e poder com temáticas relacionadas com o Género, raça, etnia, sexualidade, subjectividade, multiculturalismo…
CURRÍCULO
- FORMAL – DEFINIDO POR ÓRGÃOS COMPETENTES (MINISTÉRIO, DIRECÇÕES REGIONAIS, ESCOLAS…)
- NÃO FORMAL – PARALELO AO FORMAL SEM DEFINIÇÃO OFICIAL (CONTACTO COM OS COLEGAS, ACTIVIDADES EXTRA-CURRICULARES….)
- CURRÍCULO NACIONAL
- Orientações definidas a nível central:
- Ministério da educação (definição da organização curricular, programas das disciplinas, aprovação de manuais….
- Politicas governativas (economicistas)
- Influência internacional (OCDE…
SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS
- PRÉ-ESCOLAR
- 1º CICLO (1º AO 4º ANO)
- 2º CICLO (5º E 6º ANO)
- 3º CICLO (7º. 8º E 9º ANO)
- SECUNDÁRIO (10º. 11º E 12º ANO)
- EDUCAÇÃO DE ADULTOS (EQUIVALÊNCIA AOS ANTERIORES)
CURRÍCULO REGIONAL E LOCAL
- DESENVOLVIDO PELAS DIRECÇÕES REGIONAIS DE EDUCAÇÃO, AGRUPAMENTO DE ESCOLAS, MUNICÍPIOS, ENTIDADES LOCAIS/REGIONAIS (EX. INSTITUTO DE EMPREGO, EMPRESAS…) COM BASE EM INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS DEFINIDOS PELO SERVIÇOS CENTRAIS